Curiosamente, a Audiência, convocada para denunciar as agressões sofridas pelas religiões de matriz africana, acabou servindo de palco para mais uma agressão aos seus adeptos.
Aos gritos de “eu estou aqui porque Deus me deu a missão de salvá-los”, a deputada evangélica, Mical Damasceno, invadiu a reunião e, de dedo em riste, ameaçava todos os presentes.
Não satisfeita com a indelicadeza inicial, mesmo sem ser convidada, sentou-se à mesa diretora dos trabalhos, ao lado da respeitada mãe de santo, Jô Brandão, ex-diretora do Departamento de Difusão Cultural da Secma, no governo Flávio Dino, e esmurrando a mesa, repetia sua cantilena demagógica…
Foi contida, gentilmente, pela mãe de santo, que pegou o microfone e, educadamente, disse: “Deputada, contenha-se, a senhora não está na sua casa para esmurrar a mesa assim. A Casa aqui é de todos nós”!
A deputada levantou-se e dando “safanão”, ao vento, deixou a Sala das Comissões, da Alema, “soltando fumaça pelas narinas”. Que coisa, eu, hein!
Felizmente, o bom-senso, que sempre reina na Alema, prevaleceu no ambiente. O deputado Carlos Lula, autor do requerimento da Audiência, pediu desculpas, em nome da Assembleia Legislativa do Maranhão, aos religiosos e a todos os presentes, pela lamentável atitude da deputada Mical Damasceno.
Menos mal!