
O blog do Herbertt Morais não poderia deixar de registrar esta data tão significativa para a literatura brasileira: Oswald de Andrade entra em domínio público, a partir deste 1° de janeiro de 2025.
Isso ocorre devido ao artigo 41 da Lei de Direitos Autorais. De acordo com o dispositivo, os direitos autorais continuam valendo por 70 anos, contados a partir do dia 1° de janeiro do ano seguinte ao da morte do autor.
Oswald de Andrade morreu vitimado por ataque cardíaco, em 1954. Ou seja, neste dia 1° de janeiro de 2025, o prazo de 70 anos, contado a partir de 1955, esgotou-se.
Com isso, mais editoras devem republicá-lo e novos holofotes devem ser lançados sobre sua produção.
Será uma oportunidade para que o trabalho dele seja revisitado — muitas vezes sua vida, movimentada e cheia de amores, costuma ser mais destacada do que sua obra.
Confira as obras que, a partir de hoje, já estão em domínio público: o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, o Manifesto Antropófago, os livros de poesia Pau-Brasil e O Santeiro do Mangue, a peça de teatro O Rei da Vela e os romances Memórias Sentimentais de João Miramar e Serafim Ponte Grande, todos de Oswald de Andrade.
Andrade ainda será homenageado, este ano, com uma nova biografia.
A história por trás do presente da esposa.
“Este quadro é sensacional.” “É o homem plantado na terra”, disse Oswald de Andrade (1890-1954) tão logo ganhou, de aniversário, uma tela de Tarsila do Amaral (1886-1973), com quem era casado.

Depois, com a ajuda de um dicionário de tupi, encontraram os termos “aba”, homem, e “poru”, que come.
Assim foi batizado aquele que se tornaria o mais importante quadro da história da arte brasileira, “Abaporu”. Esta história é contada por Tarsilinha, sobrinha-neta da artista, no livro Abaporu: Uma obra de amor, ilustra bem a ebulição intelectual de Oswald, uma das mentes criadoras por trás da Semana de Arte Moderna de 1922.